martes, 12 de octubre de 2010

Corpo de mulher

Antes era a gordinha e baixinha, no balé vergonha, afinal condicionada estava a pensar que mulher, ainda que menina, tinha que ser magrinha. Por que raios colocam isso na cabeça da criança? Mas era até feliz, comia o que queria, sorte da mãe que não era porcaria. Aos 9 começo no basquete, aos 14 finge ter 16 e joga num campeonato estadual. Nos verdadeiros 16 estava ensinando os de 7, resultado? Corpo de atleta sem perseguir o corpo ideal... Ih, músculo demais dizia a mãe da coleguinha. Vai tempo... Chega a preocupação... faculdade, futuro, ser técnica de basquete lá pode ser considerado futuro? Tudo acaba/começa. Cursinho, faculdade, pra que preocupar com o corpo? Alienação, futilidade, bobeira, é preciso conhecimento. Lá se vão 5 anos. Quem faz monografia lá tem tempo pra cuidar de corpo? Quando terminar... quem sabe... ihhh, mestrado, disciplina, seminário de dissertação, congresso, artigo pra revista, dor na coluna, dor de cabeça, texto, computador, computador, capes e o corpo? Que corpo... textura estranha. Opa. Hora de pensar... no corpo. Que corpo? Dentro e fora, osso, músculo, hormônio, pele, cabeça... mente, espírito. Quem disse que pensar no corpo é futilidade?

Começa hoje a competição entre três. Alimentação, exercício, consciência, idéia. Tudo motivado pelo que colocaram na cabeça da gente, mas acho que não pára por aí. Vamos ver quem se cuida melhor.

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