martes, 2 de noviembre de 2010

Projeto natação


Academia não dá certo, muito repetitivo e nem tem o desafio de superar limites, o programa está montado e é só repetir. Deu saudade de nadar, comprei os óculos, a touca ainda tinha em casa e estava muito bem conservada. Primeiro dia de treino 600 m com escala (é bom lembrar que há cinco anos não pratico atividades físicas regulares). Segundo dia 850 m ainda com escalas. Terceiro dia 700 m com escalas + 1h00 de hidroginástica. O corpo não ficou dolorido, mas a respiração anda bem mal, talvez seja culpa desses nove anos morando em BH respirando muita sujeira. Mas essa parte do post é só pra me lembrar mais tarde do passo-a-passo ou braçada-a-braçada desta parte do projeto.

Depois de apenas três dias de natação apareceu outra dúvida: como cabelos crespos podem sobreviver ao projeto? Abaixo está a foto depois de uma hidratação (nem parece que passei o tal semi-di-lino da alfaparf).

Vou precisar buscar por produtos para cabelos cacheados de quem faz natação.

O blog nos próximos meses

Futilidade? Acho que cuidar do corpo não é futilidade. Corpo e mente não estão separados. Certo, é nisso que acredito, agora é continuar o projeto. As publicações dos próximos meses acho que serão sempre relacionadas a essa competição que, ao mesmo tempo que é crença, é também desafio de mudança de hábito.

Agora o blog funcionará ainda mais como espelho, gravador e máquina fotográfica.

Vida saudável em prova: em outro espaço tudo muda.

Depois do início da competição com minhas irmãs e comigo mesma, já se foram muitas provas. Ficar super saudável é realmente difícil pra mim. Olha a incoerência: primeiro porque não dirijo e segundo porque é difícil recusar comidas gostosas, principalmente quando se está compartilhando a comida.
Explico, andar de bicicleta em BH até que seria possível, se no mínimo existisse uma pista de ciclista ou, de repente, mais respeito por parte de nossos motoristas de cada dia (carros pequenos, ônibus, caminhões e vejam bem... até os condutores de motocicletas precisam ter mais atenção aos pedestres e ciclistas. Fato é que me aventurei a pegar a bicicleta esses dias (2ª tentativa) para ir à universidade, resultado? Meu pescoço ficou doendo DE NOVO e cheguei no meio do caminho achei melhor voltar e deixar de arriscar TANTO. Continuo perdendo duas horas por dia, no mínimo, no trânsito de minha casa para a universidade. Se eu dirigisse teria no mínimo uma hora a mais no meu dia se tivesse condições de ir de bike, ganharia essas duas horas pedalando pela cidade.
O outro ponto que me deixa em apuros nessa busca por uma vida mais saudável é que os hábitos alimentares da população brasileira estão mudando, dos meus amigos, familiares e meus. Viajo, sento-me à mesa o refrigerante é mais barato que o suco, vamos dividir uma bebida? Um refrigerante, claro. E para comer? Eu gosto de dividir comida, odeio lugares em que a gente só pode pedir pratos individuais. Duas pessoas saborearem um mesmo alimento é um ato bonito, não só pensando em partilha do alimento, mas nos prazeres que causam o paladar. Aí você se senta à mesa e vai dividir um prato, uma opção com muito queijo, carne e salada ou só a saladinha? É claro que na decisão comum vamos às explosões de sabor. Nesse vamos dividir um prato, nos últimos trabalhos de campo fiquei prejudicada com minha dieta, foram deliciosos queijos, carnes, castanhas, mas, ao mesmo tempo, partilhei dos prazeres da comida.
Os trabalhos de campo acabaram sendo entraves para uma amadora busca de vida saudável. Os exercícios físicos regulares ficam prejudicados. Quem faz trabalho de campo tem que aprender a adequar suas atividades à não-rotina de seu trabalho. Vamos que vamos, em breve tenho meu terceiro trabalho de campo do semestre, como responderei ao novo teste? Os dois que passaram foram um desastre. Não quero perder o prazer de viajar, mas quero pensar uma forma de ser saudável, sem ser chata e aproveitando cada momento.

martes, 12 de octubre de 2010

Corpo de mulher

Antes era a gordinha e baixinha, no balé vergonha, afinal condicionada estava a pensar que mulher, ainda que menina, tinha que ser magrinha. Por que raios colocam isso na cabeça da criança? Mas era até feliz, comia o que queria, sorte da mãe que não era porcaria. Aos 9 começo no basquete, aos 14 finge ter 16 e joga num campeonato estadual. Nos verdadeiros 16 estava ensinando os de 7, resultado? Corpo de atleta sem perseguir o corpo ideal... Ih, músculo demais dizia a mãe da coleguinha. Vai tempo... Chega a preocupação... faculdade, futuro, ser técnica de basquete lá pode ser considerado futuro? Tudo acaba/começa. Cursinho, faculdade, pra que preocupar com o corpo? Alienação, futilidade, bobeira, é preciso conhecimento. Lá se vão 5 anos. Quem faz monografia lá tem tempo pra cuidar de corpo? Quando terminar... quem sabe... ihhh, mestrado, disciplina, seminário de dissertação, congresso, artigo pra revista, dor na coluna, dor de cabeça, texto, computador, computador, capes e o corpo? Que corpo... textura estranha. Opa. Hora de pensar... no corpo. Que corpo? Dentro e fora, osso, músculo, hormônio, pele, cabeça... mente, espírito. Quem disse que pensar no corpo é futilidade?

Começa hoje a competição entre três. Alimentação, exercício, consciência, idéia. Tudo motivado pelo que colocaram na cabeça da gente, mas acho que não pára por aí. Vamos ver quem se cuida melhor.